Desenho da Disney, de 2009... Muitos pontos positivos e
negativos.. hihi.. Vamos lá!
Para começar é muito bom assistir uma animação tradicional
(2D) muito bem feita e visualmente bonita e agradável. Cores e cenários muito
bonitos, animação excelente, visual dos personagens também, muito bonito. A
maioria dos personagens, em relação a personalidade, também é bastante
interessante... a "princesa" Tiana e sua amiga, Charlotte, apesar de
opostas, são igualmente agradáveis e coerentes. Dr. Facilier é um vilão
bastante marcante. O jacaré Louis e o vagalume Ray são os companheiros da
"ala boa" que fazem muito bem seu papel de contraponto ao mesmo tempo
em que enriquecem a interação dos dois personagens principais.
Em contrapartida, esta ainda para nascer um personagem
principal masculino vindo da Disney sem ser fanfarrão ou arrogante por
essencia. Vão me dizer, "ora, o príncipe Naveen é assim", tudo bem,
tudo bem. Ele originalmente deveria ser retratado como um playboy metido a
besta. Estou dizendo que todos (ou pelo menos, 99%) dos personagens masculinos
principais da Disney tem esse ar playboy. Alias, é algo muito recorrente aos
personagens de outras obras norte-americanas.... deve ser cultural.... Mas
voltamos ao assunto. Príncipe Naveen é tão simplório e decepcionante que nem
merece grandes comentários. Para terem uma ideia, mais interessante é o
empregado dele, Lawrence... (que é o clone do empregado do Gaston, de "A
bela e a fera"). hehehehehehe
A história é bastante simples, mas tem bons momentos. Para
meu gosto, há muita música... cantada, especialmente.. poderia diminuir pelo
menos umas três canções, já que o ambiente que se passa o desenho já é repleto
de música ambiente. O humor é fraquíssimo, as partes mais engraçadas são
protagonizadas pela Charlotte.. seja na dublagem perfeita (em português, por
Iara Riça), na interação dela com o seu pai ou pela própria personalidade
inquieta e insegura. Alias, vem de Charlotte o bom exemplo de amizade e
desprendimento... não hesitou frente a afeição de Tiana e Naveen, deixar de
lado o sonho de casar com um príncipe e beijou o sapo (literalmente e várias
vezes) para a amiga...
"A princesa e o sapo" traz uma proposta
politicamente correta... estava faltando mesmo uma negra no hall de princesas
da Disney... Tem uma personalidade forte e de certa forma encarna o ideal
americano, aquele que diz que qualquer pessoa por meio de seu esforço pode
chegar no topo (tá certo que no final ela conseguiu o tal restaurante por causa
do príncipe mas tudo bem....hahahaha).
Finalmente, a coisa que mais me chamou a atenção nesse
desenho é a presença aberta de elementos espirituais próximos da realidade..
afinal Vodu é uma religião real (inclusive, a oficial do Haiti), não é
algo vago como "bruxa má" muito presente em outros desenhos da
Disney.
Dr. Facilier apresenta brilhantemente como o mal é
manipulador e corrosivo, onde o ciclo de perdas aumenta gradativamente...
sinceramente as aparições dele chegam a ser meio perturbadores. Mas ao retratar
esse aspecto muito bem, não quer dizer que seja um desenho que eu considere
adequado para, digamos, apresentar a crianças cristãs sem nenhuma ressalva (de
fato, quase nenhum desenho apresenta 100% de mensagens coerentes com a
Bíblia... o ideal seria que, pais cristãos preocupados com a formação
espiritual dos filhos, analisem todos os desenhos que as crianças assistam e
converse com elas sobre os aspectos que divergem da vontade de Deus). Digo isso
por causa da personagem "Mama Odie", a "vodu do bem".
Claro, os praticantes do vodu vão dizer que sim, tem um lado
mal e outro bom no vodu, basta "saber qual entidade você está
lidando". Mas para os cristãos, a história é bem diferente, e se a pessoa
se diz cristã, deve agir coerentemente com isso, então não existe a
possibilidade de uma "entidade boa".
Então é isso.. para os cristãos, que querem estar atentos
com o que os filhos se alimentam, eu não digo que devem proibir de assistir
coisas assim, mas que devem sim, conversar e apontar em quais aspectos o
desenho, o filme, qualquer coisa, diverge da Palavra de Deus. Não deixa de ser
um tempo divertido juntos, e a possibilidade de, na prática, estudar e aplicar
a Palavra.
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