Usagi Drop, live-action.. melhor dizendo, o filme.
É difícil comentar uma produção cujo tamanho (113 minutos) é
menor que uma série de 11 episódios de 20 minutos cada. Quase sempre o filme
vai deixar muita coisa de lado... mas.. mas.. mas... ponderando bem..... sim, o
filme foi muito bem sucedido, pois captou bem a essência da história, inclusive
trazendo um aspecto interessante que eu não me recordo de ter sido abordado tão
claramente assim no anime (depois comento).
O filme lançado também em 2011 (mesmo ano do anime), escrito
por Tamyo Hayashi, e contando com o diretor SABU (Hiroyuki Tanaka), conseguiu
trazer uma adorável Rin, interpretada por Mana Ashida.. uma garotinha
simplesmente fofa e talentosa. Para o papel de Daikichi contamos com Kenichi
Matsuyama. Eu gostei bastante do Daikichi versão humana, mais do que a versão
anime.
Pensando bem, não houve personagem que eu não tenha gostado
na versão filme..... a única coisa a se lamentar é que um filme não tem todo o
tempo (assim como um seriado) de explorar todas as situações diárias vividas
pelos personagens.
A história é aquela que conhecemos... e pra quem não conhece
é a seguinte: Daikichi, um homem solteiro com seus 30 e poucos anos vai até o enterro
de seu avô e acaba conhecendo a filha do falecido: uma garotinha de 5 anos.
Como ninguém sabe quem é a mãe da menina, o mal estar toma conta dos filhos e
netos do falecido... e todos começam a questionar quem vai cuidar da menina,
cogitando até colocá-la para adoção. Daikichi se sensibiliza com a história e
chama para si a responsabilidade, tornando-se responsável pela menina. A
história relata grande parte das dificuldades e alegrias que essa decisão traz,
inclusive quem é a mãe dessa menina e porquê ela não está junto da filha.
Como já falei, o filme traz os pontos principais relatados
ao longo dos 11 episódios do anime... algumas adaptações aqui e ali, mas nada
absurdas...
A parte um pouco "oi?" do filme foi os devaneios
que Daikichi tinha ao ver modelos de capa de revista. Ilustrando os sonhos e
anseios que ele nutria, e até como uma forma de se sentir animado frente as
dificuldades diárias. Mas a forma como foi retratado isso no filme é um pouco
cultural... diferente do ocidente.... É aqueles momentos de narrativas que você
tem um estranhamento por não ser muito habitual aquela maneira de retratar
alguma coisa. O mesmo tipo de estranhamento quando você assiste um filme indiano
e se depara com todos os atores dançando no final do filme ao lado dos
créditos. O_o rs
Mas beleza, 95% dos filmes que eu assisto são orientais, eu
já deveria estar acostumada com algumas coisas.... hahahaha
Um ponto bastante positivo trazido pelo filme e não
retratado no anime (na verdade foi um grande furo do anime por não trazer um
aspecto tão importante assim) foi a questão da morte do pai de Koki.. (Koki é
um coleguinha de classe da Rin).... quando ele vai ao cemitério com a Rin e
chora a morte do pai, momento esse que não foi proporcionado pela mãe de Koki,
que insistia em sustentar a história de que o pai estava viajando. Um momento
libertador também para a própria Rin, pois é a hora em que ela realmente
chora também a morte do pai.
Tanto o anime, quanto o filme, trazem de forma delicada e
tocante temas comuns mas profundos. Gostaria de tomar contato com o mangá,
tenho certeza que também trata-se de uma obra bastante rica e
diferenciada.
Ótima produção, bastante humana e com final inspirador e
cativante.
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