Chihayafuru - 2 temporada


Olá amados!
Sem dúvida, a segunda temporada está no mesmo nível - e até superior - a primeira temporada. Excelente desenvolvimento da série e principalmente dos personagens. Quem amou a primeira temporada, só está tendo alegrias nessa segunda. Estou com a expectativa lá em cima de como terminará. Mas sabem, Chihayafuru se tornou um daqueles animes que mesmo que haja uma pisada de bola grande lá na frente, tudo o que foi feito até agora já está muitíssimo bom... não iria desabonar em nada o que foi feito até agora. Sem dúvida é um dos meus animes prediletos... é claro que eu estou torcendo para que Chihayafuru caminhe para uma finalização de alto nível, como está sendo o seu desenvolvimento... mas... aguardar para ver, né.... Para quem  não conhece, excelente pedida. 
Eu acho que o que me encanta em Chihayafuru é aquele ar de esforço que as pessoas tem (ou pelo menos deveriam ter), se dedicando aquilo que acreditam, sabe... e principalmente não retrata aquela coisa irritante "se você se esforçar tudo vai dar certo". Não, nem sempre só o esforço basta para alcançar aquilo que você quer. Eu gosto do jeito que é retratado esse assunto... a pessoa se esforça, se dedica muito tempo naquilo e mesmo assim, nem sempre alcança o resultado esperado...mas mesmo assim persevera. Acho admirável isso. E também foge daquela coisa parecida com "Cavaleiros do zodíaco" (nada contra esse anime, na infância me diverti horrores assistindo e dando risada dessa série), mas sempre o Seiya, sempre, sempre ganhava. Sempre apanhava um monte, quase morria e no final, miraculosamente, tirava força "nem te conto da onde" e dava porrada em todo mundo, que eram muito mais capazes que ele. 
Esse tipo de característica me lembra também Harry Potter.  Sabe por quê não gosto dele? Porquê o cara é quase guru. Quer dizer, ele já é "o escolhido", "o especial", eu não sei nem como ele não é o diretor la daquela escola, porque logo nos primeiros anos, faz e acontece mesmo sem se esforçar para isso. Sempre o universo conspira a seu favor. O cara não batalha para um objetivo... as coisas simplesmente vão empurrando para que ele mostre o quanto ele é especial.
Um outro exemplo prático na vida dos jovens. O famoso vestibular. As pessoas gostam de dizer "é só estudar que passa". Não, não é "só estudar que passa", porque centenas de pessoas estudaram sim, e muito,  se esforçaram sim, e muito, e mesmo assim não conseguiram a aprovação para tal curso. 
Infelizmente as coisas não são tão simples...
Eu prefiro personagens que são um pouquinho mais humanos... e histórias que valorizam as lutas do dia a dia. Valorizam o fato de uma pessoa poder sim, se esforçar durante muito tempo para um objetivo e não alcançá-lo naquele tempo, mesmo dando o máximo de si. 
A maioria das histórias consideram isso como fracasso. O que importa é se alcançou ou não a meta, "não importa a trajetória ou os meios". Acho que os autores deveriam valorizar mais esse tipo de visão: a vitória mesmo é superar a si, seria o "esforço em si", a persistência, o "não desistir", e não "o resultado em si". Porque se alguém, desde cedo, for orientado que o sucesso é somente o resultado, passa a não se importar com os meios usados - se desonestos ou não, e não valoriza o próprio esforço, e muito menos o dos outros. 
Enfim.. tudo isso para dizer que o que me encanta em Chihayafuru é o "não desista!!!!! Se esforce!!!!!". Pelo menos é uma das mensagens que eu tiro desse anime. Acho também excelente a forma como é apresentado o "se esforçar" versus "talento nato". Como o talento de algumas pessoas pode desestimular os outros que precisam se esforçar muitíssimo para serem pelo menos medianos no assunto. Brilhantemente exemplificado na primeira temporada... quando Mashima diz que não estão procurando talentos, mas alguém que coloque seu esforço no tatame..."eu também não tenho talento nenhum mas mesmo assim continuo". 

Eu sou da opinião que mais vale uma pessoa normal persistente do que um talentoso acomodado. hahahahaha Quando você tem habilidade nata, é claro que fica tudo mais fácil.. mas precisamos mesmo ir pelo caminho mais fácil, sempre? 

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